sexta-feira, 8 de março de 2013

Capítulo 1 Parte 4 - Final de Capítulo


Cada um de seus passos deixava pequenas pegadas que logo eram cobertas pela neve que caia constantemente.
    - Apresente-se. – gritou um guarda que estava em cima da grande muralha da cidade. – Ou então serei obrigado a matá-lo!
    Azrael retirou seu capuz e deixou que a sentinela visse seu rosto. O guarda forçou sua vista para poder enxergar o cavaleiro. Era um homem velho, tinha cabelos brancos, um grande bigode e pelo que Azrael podia notar pelo jeito que respirava, ele sofria de asma.
    - Não é um bom lugar para alguém como você. – disse o cavaleiro calmamente. – Pode sofrer um ataque de asma a qualquer momento.
    - Eu sei disso. – respondeu a sentinela sorrindo – Mas em tempos como estes é preciso de toda a precaução possível. Mas agradeço sua presença, cavaleiro.
    - Não há pelo que agradecer. Estou apenas fazendo o que devo fazer. E sei que o que está fazendo também é o seu dever. Peço que abra os portões, sentinela.
    O som dos ferrolhos da gigante porta de madeira ecoou por todo o vale. Enfim, depois de alguns poucos minutos, o portão abriu-se dando passagem a Azrael.
    - Obrigado. – disse o cavaleiro recolocando o capuz sobre sua cabeça e entrando na cidade.
    Alaldos era uma bela cidade. Os prédios brancos se estendiam por incontáveis quilômetros. Tudo parecia fazer parte de um gigante cristal divino, a beleza era esplêndida.
    - Sempre linda. – sussurrou o guerreiro enquanto caminhava pelas ruas cheias de pessoas.
    Pessoas andavam por todos os lados daquele belo lugar. Algumas olhavam para ele com um olhar reprovador. Outras sorriam para ele. Muitos naquela cidade o consideravam um assassino, mas muitos outros o idolatravam como um herói. Podiam reconhecê-lo por causa de suas vestes. Ninguém, além dos cavaleiros da Ordem de Yeshua Ben Pandira usavam aquele tipo de roupas. Camufladas.
    Azrael fez uma curva e adentrou um pequeno mercado ao ar livre. Mulheres com seus filhos caminhavam de um lado para o outro, de barraca em barraca. Feirantes gastavam suas cordas vocais para anunciar seus produtos.
    O cavaleiro conseguiu avistar uma silhueta se aproximando da multidão. Soldados. Todos carregavam armas e escudos.
    Devem estar cobrando impostos. Pensou Azrael.
    Um dos soldados virou-se para um feirante e estendeu uma mão espalmada para ele.
    - Desculpe... Eu... Não... – gaguejou o homem com os braços próximos ao corpo.
    Antes que o feirante pudesse terminar de falar o soldado colocou a mão por debaixo da barraca e empurrou tudo para os ares. Tudo o que estava sobre a pequena mesa de madeira que o homem usava para trabalhar foi ao chão. Todos que estavam ao redor não ajudaram o vendedor, apenas vigiam que nada acontecia.
    O homem, velho e com pouca agilidade, tentava recolher seus produtos enquanto os soldados riam e chutavam os objetos para longe. Muitos olhavam para Azrael esperando uma resposta. Mas ele estava lá como civil, não podia interferir em assuntos das autoridades locais. O máximo que podia fazer era recolher os produtos caídos e ajudar o velho a levantar-se.
    E foi o que fez depois que os guardas foram embora.
    - Obrigado – disse o homem após tudo estar em ordem.
    - Desculpe-me por não tê-lo ajudado anteriormente. – disse o guerreiro tristemente.
    O homem sorriu levemente.
    - Não há motivos para desculpar-se. Esses homens fazem isso quase sempre. Sei que gostaria de poder ajudar, mas nesse lugar você não tem autoridade.
    - Farei o possível para que esses homens paguem pelo que fizeram.
    Uma jovem moça aproximou-se do homem. Ela estava assustada e suas roupas estavam esfarrapadas, iguais as do vendedor.
    - Papai – disse ela. – Os guardas... Eles...
    - Sim, minha filha. Eu não tinha o dinheiro que exigiam.
    Ela olhou para Azrael e o fuzilou com os olhos. O cavaleiro sabia muito bem o motivo.
    - Vamos, Ângela. – disse o velho tomando-a pelo braço. – Devemos ir antes que escureça.
    E partiram para longe do mercado, deixando Azrael sozinho.
    Minha missão! Lembrou-se.


    A tarde já estava acabando quando Azrael chegou a uma taberna. O lugar estava agitado e homens bêbados desmaiavam por cima das mesas; prostitutas ofereciam-se para o cavaleiro, mas ele fingia que não as via. Não podia desviar-se de sua missão.
    - Posso lhe servir algo? – perguntou um homem alto, de braços fortes, o cabelo negro era curto e encaracolado.
    - Hidromel – disse Azrael ainda com o capuz sobre o rosto.
    - Só isso? – riu o taberneiro – Aqui não é uma igreja. Essas mulheres não são freiras. E esses homens não são fiéis que passaram a noite rezando para conseguirem dormir em meio a esse barulho todo.
    - Apenas traga o que pedi. – respondeu o cavaleiro severamente.
    O taberneiro riu mais alto ainda.
    - Já que insiste. – e tirou uma garrafa de vidro que estava embaixo do balcão. Pegou um chifre de touro oco e virou todo o liquido da garrafa dentro dele. – Aqui está.
    Azrael agradeceu e virou-se para a porta. Passaram-se vários minutos até que a grande porta de madeira se abrisse. Mas não era ninguém por quem o guerreiro esperasse, era apenas um dos guardas do governador. Um homem gordo, cuja armadura era pequena demais para o corpo, mas mesmo assim empunha autoridade por onde passava.
    - Taberneiro – disse ele para o taberneiro. – quero a minha bebida de sempre.
    Rapidamente o taberneiro Oiac misturou três bebidas diferentes em um único copo, espremeu dois limões, chacoalhou a mistura e serviu em uma taça de cristal. Obviamente a única que ele tinha na taberna.
    Enquanto bebia, o soldado olhava constantemente para Azrael, entre um gole e outro. O guerreiro desviava os olhos para longe do soldado. Focava seu olhar para as bebidas que Oiac tinha em uma grande estante de pedra talhada na parede. Bebidas estranhas, com cores diferentes cujos gostos poucos sabiam qual eram.
    - Então – disse o taberneiro quebrando a tensão entre os dois. – De onde vem, forasteiro?
    Azrael permaneceu em silêncio, e continuou bebendo seu hidromel tranquilamente.
    - Você ouviu o que ele disse! – exclamou o guarda babando – Responda!
    - Não sei se percebeu – disse Azrael terminando sua bebida –, mas eu estou ocupado.
    O homem riu alto. Ria como se o guerreiro tivesse contado a piada mais engraçada do muno.
    - Ocupado com o que? – perguntou ironicamente – Vocês dessa sua ordem não fazem nada! – e atirou sua taça contra o balcão, fazendo-a partir-se em centenas de pedaços.
    - Por favor... – gaguejou Oiac.
    - Vocês estão sempre em “missões”. Nunca estão realmente lutando! Nós somos os verdadeiros guerreiros aqui! Nós somos os únicos que protegem a população! Nós servimos ao nosso amado Líder, não a um deus que abandona seus fiéis!
    De repente o soldado começou a respirar com dificuldade. Ele aspirava a ar, mas nada entrava nem saia. Em poucos segundos ele desmaiou. Azrael olhou-o rapidamente e voltou a olhar para Oiac. Todos na taberna olharam para o homem morto. Eles não estavam prestando atenção enquanto o soldado gritava, pois o barulho que causavam era mais alto que seus gritos.
    - Ele... – gaguejou o taberneiro – Ele...
    - Sim – respondeu Azrael – Ele está morto.
    - Como... Você...
    - Os guerreiros de minha ordem têm a fama de conseguirem mover-se mais rápido do que a própria luz. Mas nada disso é verdade. Nós conhecemos nossos próprios limites, ninguém no mundo consegue se mover tão rapidamente. Porém esse homem foi morto, mas não por mim, e sim por outra pessoa.
    - De nada. – disse uma voz vinda de trás de toda a multidão. Todos se viraram para o dono da voz. Parado próximo à porta estava um rapaz alto, de peito largo e cabelo comprido até as costas. Usava roupas semelhantes às de Azrael.
    - Miguel – disse o cavaleiro caminhando até seu parceiro. – Você tem noção do que acabou de fazer?
    O cavaleiro apenas bocejou.
    - Ele não está morto. – disse ele – Apenas parece. Eu usei uma antiga técnica oriental para acalmar elefantes. Ou pelo menos os últimos elefantes.
    Todos na taberna estavam boquiabertos. Algumas mulheres choravam. Muitos estavam vomitando. Apenas Oiac não tinha nenhuma reação; estava paralisado atrás do balcão. Alguns cacos de vidro da taça quebrada haviam penetrado em sua mão, mas ele não dizia nada. Olhava para os dois esperando uma resposta.
    - Estou aqui – disse Miguel – Podemos ir embora? Mais ou menos... Agora?
    Os dois correram em direção a uma das janelas da taverna. Com todo o peso de seus corpos atiraram-se contra o grande painel de vidro que cobria todo o buraco na pedra esculpida. Não se cortaram, mas caíram pesadamente contra o chão.

    Enquanto observavam a cidade sob o entardecer, pensavam no motivo de estarem ali.
    - É por causa dele, não é? – perguntou Miguel sentando-se no telhado sob o qual estavam.
    Azrael permaneceu em silêncio por alguns minutos. Olhou para a multidão que entrava em suas humildes casas de pedra. Comparadas à do Líder, aquelas casas não eram nada.
    - Veja essa cidade – disse Azrael levantando – Tudo aqui gira em torno do Líder! Todos nesse lugar desejam apenas uma coisa: Viver em paz! Mas você acha que o Líder lhes dá essa oportunidade? – fez uma pausa e antes que o companheiro pudesse responder continuou a falar – É claro que não!
    Depois se sentou novamente e voltou a silenciar-se.
    Miguel esperou por emia-hora para que o guerreiro se acalmasse, depois disse:
    - Você não respondeu minha pergunta.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Mais uma pausa

É... Mais uma vez. Fui tomado pelo espírito da falta de inspiração.
Sumiu, véi. Minha inspiração sumiu de novo.
Talvez seja por que eu ando com a cabeça preocupada ultimamente. Com o que eu prefiro não dizer. Mas posso afirmar que é preocupante.
Eu lhe peço calma. Palma! Palma! Não criemos cânico! (ultimate praça with a legendary sword in Rohan) Durante as férias eu obviamente vou ter mais idéias. E vou anotar pra postar aqui mais tarde.


MAAAAAAAAAAAAAAAAAAASSSSSSS
Eu montei um blog só pra trocar uma ideia com a galera.
Tá aki o link
http://catimdojhonny.blogspot.com.br/
Nos vemos lá!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Slenderman em LDA?


Não que ele realmente irá entrar na história. Quero primeiro saber o que vocês acham.
Slender man deve ser um dos vilões do livro ou não?

Sinceramente, eu acho que o Slender não é o personagem adequado para esse tipo de história. Mas eu estou apenas pedindo a opinião de vocês. Comentem ai ou na página do lendas no face.


Fiquem agora com algumas imagens da criatura comedora de criancinhas.


Essa ficou foda!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

JãoZão

    Poucos devem saber, mas eu tenho um brother muito gente fina chamado JãoZão.
    Tá, tudo bem. O nome dele é João, mas eu falo Jão porque é mais tifofo legal.
    Então, enquanto eu preparo o resto do primeiro capítulo, fiquem com o blog do meu amigo João Rodolfo Alencar

http://www.jaozao.com/

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Seres de luz


    Os anjos vivem em Hassed, o paraíso. Anjos são feitos das primeiras estrelas que apareceram no céu escuro de Nitadapon antes do apocalipse.
    Seu general era Adael. Mas ele havia sido capturado pelos filhos da noite e corrompido por eles. O exército angelical começou a desmoronar depois da captura do general. Muitos soldados trocaram de lado, outros cometeram suicídio decepando suas próprias cabeças. Mas apenas um, um único anjo, desistiu de seu posto de guerreiro e partiu para Nitadapon. Seus companheiros nunca conseguiram identifica-lo, pois havia ocultado sua aura astral.
    Muitos anjos lutam apenas com espadas. Mas outros podem lutar com massas, machados, lanças e outros instrumentos de dor. Suas armaduras eram douradas iguais ao brilho do sol das tardes quentes.
    Foram os primeiros filhos de Deus, por isso tem inveja dos humanos, os filhos preferidos do Senhor.
    Anjos, como os demônios, não possuem corpo na terra humana. Por isso também precisam de corpos mortais para adentrar a ratoeira. E quando precisavam fazer isso, escolhiam corpos de pessoas mortas para poderem encorporar.

Os filhos da noite


Os demônios foram criados pelo Anjo Negro, Lúcifer. O arcanjo retirou a maioria de suas plumas e com elas e com as sombras criou seus soldados negros.
Eles não possuem forma física, são apenas sombras. Para adentrar Nitadapon eles precisam de corpos mortais. Entram em corpos de humanos e corrompem suas mentes e causam caos em todos os lugares em que vão.
Os filhos da noite não podem ser mortos por armas de humanos comuns. Apenas os celestiais conseguem matá-los. Os mortais conseguem apenas expulsa-los dos corpos com o famoso exorcismo.
Todos temem os demônios, pois são a encarnação do puro mau existente em todo Assalad. Demônios destroem os humano por dentro e queimam suas almas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Post Musical

Apenas aperte o play e leia os posto anteriores e futuros com essa incrível canção.

Imagine-se vivendo muitas aventuras com uma trilha sonora épica!